De olho na safra 2023-24

30/11/2023 - Atualizado há 5 meses


Saudações amigo leitor! Infelizmente os resultados médios acumulados entre a 2ª safra de verão 2022-23 e inverno 2023 estiveram, na média, entre os piores dos últimos anos. Mas como a resiliência é uma característica natural do produtor rural brasileiro, nos resta olhar para frente e rever as estratégias. A safra 2023-24 está iniciando nos campos, atrasada esse ano, e tudo indicar que vai ser um ano de quebra cabeça econômico e financeiro, devemos então exercitar os números. Por aqui na Fundação ABC nós temos as tabelas de custo de produção para agricultura e forragens disponíveis no ABCbook. Vamos olha para uma parte dela? Podemos começar olhando para a evolução da relação de troca dos fertilizantes. A Figura 1 apresenta esse contexto.

 

Observa-se no Gráfico 1 que apesar de os valores absolutos em reais terem apresentado uma grande redução, a conversão para sacas de soja está perto ou ligeiramente acima das médias das últimas safras, devido à grande desvalorização que ocorreu no valor da saca de soja. É importante então olhar para os outros itens que compõe o resultado da propriedade rural. O setor de Economia Rural da Fundação ABC controla um indicador de rentabilidade das culturas por safra, no momento de realização da programação, com as oportunidades de mercado, para avaliar a evolução financeira deste momento de tomada de decisão. O Gráfico 2 mostra a evolução deste indicador na cultura da soja.

A evolução do indicador de desempenho financeiro mostra que a safra 2023-24 apresenta uma das piores perspectivas de início de safra, e isso representa um desafio para o produtor rural, afinal, momentos de margem financeira apertada exigem o máximo de desempenho operacional e gerencial. É importante ressaltar que o gráfico 2 apresenta um indicador de alerta, esse indicador não representa o que uma propriedade pode obter de rentabilidade, indica que as rentabilidades estarão menores, representadas pela cultura da soja. No entanto, uma propriedade não é apenas a cultura da soja, e sim uma combinação da existência de culturas, que devem ser encaixadas buscando sinergia e usando o máximo de conhecimento que a pesquisa e a equipe agronômica de suporte à propriedade podem oferecer.

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