Saudações amigo leitor! Infelizmente os resultados médios acumulados entre a 2ª safra de verão 2022-23 e inverno 2023 estiveram, na média, entre os piores dos últimos anos. Mas como a resiliência é uma característica natural do produtor rural brasileiro, nos resta olhar para frente e rever as estratégias. A safra 2023-24 está iniciando nos campos, atrasada esse ano, e tudo indicar que vai ser um ano de quebra cabeça econômico e financeiro, devemos então exercitar os números. Por aqui na Fundação ABC nós temos as tabelas de custo de produção para agricultura e forragens disponíveis no ABCbook. Vamos olha para uma parte dela? Podemos começar olhando para a evolução da relação de troca dos fertilizantes. A Figura 1 apresenta esse contexto.
Observa-se no Gráfico 1 que apesar de os valores absolutos em reais terem apresentado uma grande redução, a conversão para sacas de soja está perto ou ligeiramente acima das médias das últimas safras, devido à grande desvalorização que ocorreu no valor da saca de soja. É importante então olhar para os outros itens que compõe o resultado da propriedade rural. O setor de Economia Rural da Fundação ABC controla um indicador de rentabilidade das culturas por safra, no momento de realização da programação, com as oportunidades de mercado, para avaliar a evolução financeira deste momento de tomada de decisão. O Gráfico 2 mostra a evolução deste indicador na cultura da soja.
A evolução do indicador de desempenho financeiro mostra que a safra 2023-24 apresenta uma das piores perspectivas de início de safra, e isso representa um desafio para o produtor rural, afinal, momentos de margem financeira apertada exigem o máximo de desempenho operacional e gerencial. É importante ressaltar que o gráfico 2 apresenta um indicador de alerta, esse indicador não representa o que uma propriedade pode obter de rentabilidade, indica que as rentabilidades estarão menores, representadas pela cultura da soja. No entanto, uma propriedade não é apenas a cultura da soja, e sim uma combinação da existência de culturas, que devem ser encaixadas buscando sinergia e usando o máximo de conhecimento que a pesquisa e a equipe agronômica de suporte à propriedade podem oferecer.
A Fundação ABC está se preparando para a 27ª edição do Show Tecnológico Verão, que será uma edição especial, marcando o início das comemorações dos 40 anos da instituição em 2024. Junte-se a nós enquanto exploramos o presente e o futuro da tecnologia, com a participação confirmada de mais de 55 empresas até o momento.
Nesta edição, teremos atualizações em nosso mapa do evento. Ao invés das tendas de cada setor de pesquisa, desta vez três arenas, nas quais mais de um setor apresentará em conjunto com os demais. Na Arena 1, concentraremos os setores de Fitopatologia, Herbologia e Agrometeorologia. A Arena 2 será dedicada aos setores de Fitotecnia, Economia rural e Solos e Nutrição de Plantas. Fechando as arenas da Fundação ABC, a Arena 3 contará com os setores de Entomologia, Mecanização Agrícola e Agricultura de Precisão (MAAP) e Forragens & Grãos.
Em breve, divulgaremos os temas das apresentações em todos os nossos canais comunicação. Não perca as atualizações! As empresas que ainda não garantiram o seu espaço na 27ª edição também encontram informações no site. O endereço é www.showtecnologicoabc.org.
No dia 17 de outubro, a Fundação ABC realizou um evento com o propósito de apresentar a instituição a empresas parceiras que atuam no cerrado brasileiro. Cerca de 70 representantes de empresas parceiras da região estiveram presentes. A finalidade da reunião foi compartilhar os trabalhos realizados até o momento e as perspectivas futuras para esta região, levando em conta os trabalhos que já são realizados em Goiás, há quase dez anos na região de divisa com Minas Gerais, e no Tocantins, onde a Frísia atua há sete anos.
Luis Henrique Penckoswki, gerente geral da Fundação ABC, enfatizou a importância de estender as parcerias da instituição para a região do Cerrado. Ele destacou que as empresas parceiras, já atuantes no sul do Brasil, têm desempenhado um papel importante no apoio às pesquisas e iniciativas da Fundação ABC, colaborando também nos resultados obtidos pelos produtores em suas lavouras. “Nós temos nos dedicado, ao longo dos últimos dez anos, promovendo a pesquisa e o desenvolvimento no Cerrado, com o apoio da KGL Agronegócio e da Frísia. Agora, estamos aqui para convidar todas as empresas parceiras a estenderem sua parceria para esta nova região de atuação. Através de parcerias sólidas, a Fundação ABC e suas empresas colaboradoras poderão impulsionar ainda mais projetos de pesquisa”.
O supervisor de desenvolvimento de produtos na GDM Genética do Brasil, da região de Formosa, Alexandre Camargo, confirma essa parceria importante. “A fundação atua como um elo entre os agricultores, validando diretamente o nosso trabalho e entregando informações de qualidade aos produtores. Isso ajuda a elevar o nível de produtividade dos agricultores, tornando seus negócios mais sustentáveis, ao mesmo tempo Parte do time de pesquisa esteve reunida com representantes de empresas naquela região, na qual o gerente geral explicou os formatos de trabalho em parceria, que já são realizados nos campos do Paraná e São Paulo Além dos benefícios diretos para a pesquisa e desenvolvimento, esta expansão também gerou oportunidades de emprego para a região, impulsionando a busca por mão de obra especializada de alta qualidade”, comentou Felipe. Essa mudança de campo, no Goiás, reforça ainda mais a parceria entre a Fundação ABC, produtores e a KGL Agronegócio, possibilitando uma colaboração mais estreita na busca por soluções inovadoras. Boleslau Wesguerber Junior, sócio proprietário da KGL Agronegócio, compartilha sua visão sobre uma década de parceria com a Fundação ABC. “Estamos entusiasmados com toda essa movimentação e o desenvolvimento no cenário do cerrado, especialmente com a chegada dessa nova área. Nossa parceria com a Fundação ABC ao longo dos últimos 10 anos, tem contribuído significativamente para o desenvolvimento de todos os envolvidos nesta região” finalizou Boleslau. em que promove a adoção dos melhores produtos com o melhor custo-benefício”.
Mariele Pickler, Diretora Comercial e de Marketing da Cisbrafol, destaca que alcançar níveis elevados de produtividade requer ajustes na utilização de micronutrientes, bioinsumos e produtos biológicos. Portanto, a pesquisa intveligente desempenha um papel fundamental para os produtores. “Contar com pesquisadores de alta qualidade da Fundação ABC é essencial para nos auxiliar na introdução de tecnologias e recomendações inovadoras. Isso nos permite alcançar o máximo potencial das culturas na região do cerrado”. À medida que mais empresas se unem a essa causa, o potencial de transformação e inovação na região se torna ainda mais promissor. O compromisso comum de trabalhar juntos para o futuro do agronegócio é evidente. A parceria entre profissionais renomados, a dedicação de pesquisadores, demonstram o caminho a seguir. Este é um momento de colaboração e otimismo, em que a região do Cerrado, com seus agricultores e empresas do agro estão preparados para um futuro mais promissor em conjunto com a Fundação ABC.
O NOVO CAMPO DEMONSTRATIVO DE GOIÁS
A apresentação às empresas da região vem ao encontro do início dos trabalhos no novo Campo Demonstrativo Experimental de Goiás, que substituiu o CDE Distrito federal. Com a mudança, área de pesquisa e desenvolvimento expandiu significativamente, passando de 13 para 30 hectares. Esta nova área não apenas amplia a capacidade de pesquisa da Fundação ABC, mas também proporciona uma infraestrutura mais robusta. Segundo Felipe Mainardes, supervisor dos Campos Experimentais o novo campo está mais bem localizado, há apenas 19 quilômetros de Formosa-GO e na beira da rodovia BR-020. “E já conta com uma estrutura predial que atende muito bem as necessidades dos trabalhos de pesquisa e permite recepcionar os produtores em dias de eventos, como os dias de campo”.
O CDE já está em pleno movimento, com o plantio da safra de verão 2023/2024. Culturas como milho, soja e feijão estão sob a orientação dos nossos pesquisadores, prometendo contribuir com informação de qualidade para a agricultura do Cerrado. “Essa transição foi fundamental para permitir que o campo cresça em paralelo com os produtores ligados a fundação, acompanhando o desenvolvimento contínuo dos setores de pesquisa da instituição.
Além dos benefícios diretos para a pesquisa e desenvolvimento, esta expansão também gerou oportunidades de emprego para a região, impulsionando a busca por mão de obra especializada de alta qualidade”, comentou Felipe. Essa mudança de campo, no Goiás, reforça ainda mais a parceria entre a Fundação ABC, produtores e a KGL Agronegócio, possibilitando uma colaboração mais estreita na busca por soluções inovadoras.
Boleslau Wesguerber Junior, sócio proprietário da KGL Agronegócio, compartilha sua visão sobre uma década de parceria com a Fundação ABC. “Estamos entusiasmados com toda essa movimentação e o desenvolvimento no cenário do cerrado, especialmente com a chegada dessa nova área. Nossa parceria com a Fundação ABC ao longo dos últimos 10 anos, tem contribuído significativamente para o desenvolvimento de todos os envolvidos nesta região” finalizou Boleslau.
Nesta edição da revista ABC nós discutiremos a relação entre o fenômeno El Niño Oscilação Sul (ENOS) com a variabilidade da produtividade média de soja das Cooperativas ABC registrada nas últimas 44 safras de verão, com ênfase nos estados do Paraná e São Paulo. Mas o que é o ENOS?
O ENOS é um fenômeno interanual oceânico-atmosférico que ocorre sobre o Oceano Pacífico Equatorial, que influencia as condições climáticas em escala global e pode ser dividido em 2 fases principais. A fase quente ou positiva do ENOS, conhecida como El Niño é caracterizado pelo aquecimento das águas associado a redução da pressão atmosférica no Pacífico Leste. Já a situação oposta, ou seja, quando ocorre resfriamento das águas e aumento da pressão atmosférica na região Leste do Pacífico é denominada fase fria ou fase negativa, conhecida como La Niña. Na ausência destas características oceânicas e atmosféricas, temos a fase Neutra do ENOS, onde a temperatura do Pacífico oscila entre ±0,5°C em relação a média climatológica, resultando nas maiores incertezas em relação à previsibilidade das condições climáticas ao redor do globo, quando comparado as fases quente e fria do ENOS.
Todavia, vale lembrar o nosso leitor sobre a existência de outros fenômenos oceânicos e atmosféricos que influenciam o clima em nossa região como:
Oscilação de Madden-Julian (OMJ), fenômeno interanual que regula a intensidade de chuva em escala global, caracterizado por extensas áreas de convecção que se iniciam no Oceano Índico e avançam para leste em direção ao Pacífico, causando perturbações na circulação atmosférica nesta região e posteriormente sendo propagado para as demais áreas do globo;
Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), fenômeno sazonal que regula a qualidade da chuva em áreas do Norte e Nordeste do Brasil, caracterizado por uma faixa de nuvens convectivas formadas pelo encontro dos ventos vindo de ambos os Hemisfério.
Depois de ressaltar as diferenças, vamos evidenciar as características em comum destes eventos como as perturbações na circulação dos ventos em diferentes níveis da atmosfera e sua propagação em múltiplas escalas de espaço e tempo, através dos processos denominados teleconexões.
Em função destas interações entre múltiplos eventos e seus impactos em cada região do globo, destacamos a importância da realização de pesquisas focadas na caracterização destes padrões climáticos globais e suas alterações frente aos fenômenos oceano-atmosféricos (intra)sazonais, quanto aos estudos de caracterização dos impactos destas perturbações sobre os ambientes terrestres, com especial atenção aos países tropicais e com ampla aptidão agropecuária, florestal e energética.
No último boletim da previsão climática sazonal da Fundação ABC, publicado em 24 de agosto de 2023, evidenciamos que atualmente o fenômeno ENOS encontra-se na sua fase positiva (El Niño), com alguma divergência entre os modelos dinâmicos e estatísticos de previsão climática em relação a intensidade moderada, forte e muito forte. Neste mesmo documento também foi divulgada a análise de similaridade para a safra 2023/24, com enfoque nos principais eventos de El Niño e seus impactos sobre a chuva e temperatura nos últimos 30 anos no grupo ABC. Cooperado, entre no abcBook e faça o download deste documento!
Contudo, quando refletimos sobre o sistema de produção e as tendências atuais de intensificação e otimização de insumos, fez-se necessário a análise da produtividade do milho e da soja nas fases do ENOS, assim como a quantificação e extração de informações sobre ciclos dos principais genótipos, épocas de semeadura, sucessão e rotação de culturas, atualmente possíveis através da plataforma de integração sigmaABC, mantida pelas cooperativas Capal, Frísia, Castrolanda e Agrária. Nesta matéria, daremos destaque somente a 2 questões principais:
I) qual a tendência que devemos considerar para a produtividade do milho e da soja em anos de El Niño, La Niña ou Neutralidade?
II) a intensidade do ENOS também influencia a produtividade?
Diante da estreita relação entre as condições oceano-atmosféricas representadas pelo ENOS versus as condições meteorológicas em superfície e seus impactos na produção de grãos, o setor de Agrometeorologia analisou a série histórica de produtividade da soja obtida na região de atuação da Cooperativas ABC no período compreendido entre os anos agrícolas de 1979/1980 e 2022/2023 (44 safras), com o objetivo de melhorar a nossa compreensão sobre a variabilidade interanual da produção de soja sob a ótica do fenômeno ENOS, olhando o passado para planejar o futuro!
Tabela 1. Série histórica da média e desvio da produtividade de milho e soja na região dos Campos Gerais e Norte Pioneiro do Paraná e Sul de São Paulo, ordenada pelas fases do fenômeno interanual ENOS.
Algumas considerações importantes devem ser esclarecidas neste momento:
Ao observar os desvios de produtividade, nota-se na Tabela 1 a maior frequência de desvios positivos de produtividade para o milho e para a soja nas safras sem influência do ENOS, ou anos sob condição de NEUTRALIDADE. A segunda, terceira e quarta maior produtividade corrigida foram registradas nas safras 2012/13 (+963 kg/ha), 1993/94 (+910 kg/ha) e 2019/20 (+843 kg/ha) para o milho. Já para a soja, as 4 maiores produtividades foram registradas nas safras 2016/17 (+394 kg/ha), 1992/93 (+387 kg/ha), 1993/94 (+351 kg/ha) e 2012/13 (+284 kg/ha).
A sumarização dos 16 eventos de NEUTRALIDADE apresentada nas Tabelas 2 e 3, demonstram ganhos da ordem de 218 kg/ha na produtividade de milho (25% dos eventos) e 92 kg/ha na produtividade de soja (27% dos eventos), sobre a região de atuação das Cooperativas ABC. Em outras palavras, em pelo menos 69% das safras os desvios de produtividade foram positivos em ambas as culturas (Tabela 1). Tais tendências podem ser associadas a boa distribuição das chuvas durante o período de florescimento até a maturação fisiológica, boa disponibilidade de radiação solar e temperaturas favoráveis ao crescimento das lavouras.
Tabela 2. Produtividade do MILHO e desvio em relação a média histórica, em função das fases do fenômeno interanual ENOS e a intensidade do Índice de Oscilação Niño.
Por outro lado, também observamos na Tabela 1 a maior frequência de desvios negativos de produtividade, com pior resultado para as safras de milho e soja sob influência do LA NIÑA. Aproximadamente 56% das safras de milho e pelo menos 69% das safras de soja apresentaram redução das produtividades em função da fase fria do ENOS. Os resultados sumarizados (Tabelas 2 e 3) indicam perdas média de 126 kg/ha e 69 kg/ha para o milho e soja respectivamente, em safras sob LA NIÑA.
Estas tendências evidenciam a maior sensibilidade/exigência do milho em relação as condições climáticas, quando comparado à soja. Outro fator provável de influência pode ser a diferença até então no calendário de semeadura destas culturas, cujo atraso de 10-20 dias na soja resulta em menor exposição ao risco de eventos como veranicos e temperaturas elevadas, geralmente posicionadas na segunda quinzena de novembro e primeira de dezembro.
Por fim, destacamos as safras sob influência do EL NIÑO, representado por apenas 12 eventos nos últimos 44 anos (28%) e onde podemos esperar os menores desvios (entre 11 e 16%) em relação a média de produtividade regional (Tabelas 2 e 3 em verde). Outro fato interessante a se destacar é que na maioria dos anos sob influência da safra quente do ENOS, os desvios ocorrem nas mesmas safras tanto para de milho quanto para soja, diferente do observado na fase neutra e da fase fria.
Ou seja, podemos inferir que as condições climáticas de volumes de chuva acima da média, elevação das temperaturas mínimas, maior saturação de vapor de água na atmosfera, e menor disponibilidade de radiação solar, frequentes em safras sob influência do EL NIÑO, modulam o potencial produtivo das principais culturas de verão na região de atuação das Cooperativas ABC, assim como a velocidade e taxa de crescimento de doenças e pragas agrícolas. O lado positivo é que a média de produtividade das cooperativas apresenta menor variabilidade em função de época de semeadura, tipo de solo, balanço nutricional ou manejo do produtor em função do nível de investimento ou tecnológico. Por outro lado, podem ser mais raros os casos de interação entre genótipo, clima, solo e manejo, o que resultaria em menores picos de alta produtividade.
No item anterior, destacamos que as melhores produtividades nas safras de verão ocorrem sob influência da fase NEUTRA do ENOS. Contudo, conforme relatado na última atualização da previsão climática, a safra 2023/24 ocorrerá sob influência do El Niño com intensidade de “moderada” ou “forte”, com alguns poucos modelos indicando intensidade “muito forte”. Mas o que muda em relação as tendências climáticas na região das Cooperativas ABC nestas diferentes categorias de intensidade do El Niño?
A análise sobre os registros agrometeorológicos em diferentes categorias de intensidade do El Niño apontam um aumento no volume e distribuição das chuvas. Por sua vez, o produtor deve se lembrar do reflexo da chuva sobre a saturação de vapor de água na atmosfera, redução da radiação solar em superfície e elevação das temperaturas mínimas do ar. Nestas condições, podemos teoricamente afirmar que uma planta C4 (milho) teria maior dificuldade de conversão fotossintética e menor eficiência na absorção de água que uma planta C3 (soja), que por sua vez são mais eficientes em condições típicas de El Niño.
Contudo, apesar desta análise ter sido realizada apenas com 12 eventos de El Niño ocorridos nas últimas 44 safras, os resultados contidos na Tabela 4 colaboram com esta teoria, pois o maior desvio negativo sobre a produtividade do milho ocorreu nos eventos categorizados como “muito forte”, em contraponto com a soja. Já as demais tendências observadas nesta categorização da produtividade por intensidade do El Niño não representam uma lógica teórica e nem mesmo uma relação de causa efeito, sendo necessários uma série histórica maior para tentativa de extrair mais hipóteses a serem estudadas.