Produtores de algodão de MT apelam para colheita noturna para garantir calendário da soja

Máquinas estão trabalhando no campo quase 24 horas por dia para deixar a lavoura livre para o cultivo do grão, que começa em setembro.

18/09/2019 - Atualizado há 5 anos


Os produtores de algodão de Mato Grosso estão colhendo quase 24 horas por dia, inclusive à noite, para terminar rapidamente a colheita.

Este avanço dos trabalhos noturnos ocorre para não atrasar o calendário de produção do estado. A colheita precisa terminar em agosto para seja iniciada a preparação da terra para o cultivo da soja, que começa em setembro.

Para dar conta da demanda, os funcionários de um fazenda em Sapezal se revezam em turnos de seis horas cada um. O produtor Bruno Franciosi conta que a estratégia ajuda a otimizar o tempo.

O agricultor Celso Minozzo acompanha os trabalhos na fazenda dele de 2.400 hectares, em Campo Novo do Parecis, no oeste do estado. Ele colheu até agora metade da área cultivada e a produtividade média das primeiras lavouras não agradou.

O excesso de chuvas no começo do ano atrapalhou o andamento da cultura. Minozzo espera uma produtividade melhor na área que ainda vai ser colhida e isso será importante, já que o preço do algodão caiu nos últimos meses.

“50% ainda não foi vendido e esse preço hoje derreteu, hoje não fecha o custo se for vender de R$ 70 a R$ 75 a arroba no mercado”, disse.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve colher uma safra recorde de algodão este ano: 6,7 milhões de toneladas, sendo que e dois terços da produção vêm de Mato Grosso.

 

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